Queen of the Night

Sentimentos negros aqueles que nos assolam,
Quando deambulando pela noite,
À procura de nós próprios,
Nos perdemos na sua imensidão!
Noite negra, gélida e impenetrável,
Rainha dos malditos e destes salvadora.
Em ti me resigno à minha infame existência
E das trevas vejo surgir com encanto
Aquela que me arrebata o fôlego!
Quão bela a negra silhueta que define,
Quão perfeito o rosto que apresenta.
Envolve-me em seu manto, de preto veludo,
Sussurando-me ao ouvido doces palavras de loucura!
Embriago-me com a sua voz suave
E me deixo levar pelo vazio da noite,
Querendo nada mais do que aquele momento perfeito!
Ao longe, largos feixes de luz rasgam as trevas.
Amanhece...
Partes! Desapareces nessas trevas das quais surgiste.
E eu fico só, rodeado pelo fino nevoeiro matinal,
Ainda atordoado, quase inconsciente,
Receando que as loucas palavras que me contaste
Sejam afinal a verdade.
Grande é o pesar de não conseguir, apesar de tudo, recordar-te.
Ficou apenas o sussuro, que ainda agora ouço,
Ecoando por todo o meu ser.
Elouqueço com a dúvida
Que tu, violentamente, em mim semeaste!
.:FP
1 Comments:
Olha que agora o "meu" menino surpreendeu-me. Não sabia dessas aventuras poéticas :)
Muito fixe.
Um grande beijo.
Ana
ps-mandei mail à Dorota mas ainda não respondeu. Amanhã carrego o telemóvel e tento ligar-lhe. assim como assim, vou estar numa festa polaca :)
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